Fibromialgia

Fibromialgia ou fadiga? Saiba as diferenças!

 

Semelhantes e bastante comuns na sociedade, muitas vezes, a fibromialgia (FM) e a fadiga crônica (FC) são confundidas.

 

As duas síndromes são causadoras de fadiga, dores crônicas, sono não reparador e alguns outros sintomas. 

 

Pensando na importância de esclarecer as diferenças e as dúvidas sobre essas duas síndromes correlacionadas entre si, confira este post!

 

Conheça a fibromialgia 

A fibromialgia consiste em uma síndrome que causa dores fortes no corpo por um longo período de tempo. À vista disso, o processo de diagnóstico é clínico, ou seja, não é necessária a realização de exames, mas consiste na busca e no descarte de outras enfermidades para se confirmar o diagnóstico.

Em decorrência disso, é indispensável uma análise minuciosa dos sintomas dos pacientes com a síndrome FM. Além da dor crônica e da fadiga, é possível perceber, também, mais alguns sintomas de fibromialgia que diminuem a qualidade de vida das pessoas. Entenda todos com mais detalhes:

1. Sono não reparador

Os pacientes com FM tendem a ter um sono superficial e interrompido, impedindo uma dormida reparadora que possibilite um descanso efetivo, o que aumenta a fadiga, a contração muscular e, consequentemente, a dor.

2. Alterações de memória e atenção

Com o intenso gasto de energia do cérebro com a dor crônica, a memória e a atenção acabam sendo prejudicadas.

3. Ansiedade e depressão

A depressão é muito comum nos pacientes com fibromialgia, mas não significa que todos apresentam esse sintoma. Mas em todos os casos, é importante não duvidar ou tentar diminuir a dor relatada pelo paciente com FM, uma vez que esse sintoma requer muito cuidado e atenção.

4. Alterações intestinais

Quase 60% dos pacientes com fibromialgia possuem esse sintoma, que é caracterizado por dores abdominais e por mudanças no ritmo intestinal causadas, principalmente, pela Disbiose Intestinal desequilíbrio da flora bacteriana no intestino.

5. Grande sensibilidade ao toque 

Os diagnosticados com fibromialgia não toleram muito toque, a ponto de não suportarem receber um abraço por conta da dor crônica. Durante os períodos mais fortes da síndrome, o paciente tende a evitar todo tipo de contato para não agravar a dor.

6. A dor crônica

É sempre necessário enfatizar que esse é o sintoma mais importante para se diagnosticar a fibromialgia. Essa dor pode ser na pele, nos ossos ou ao redor das articulações, localizada em pontos específicos de dor.

Diante de tanta dor, de fadiga e de sensibilidade, os pacientes com fibromialgia e a equipe médica procuram entender as causas da atração da síndrome. Entretanto, ainda não foi comprovada cientificamente uma causa específica que justifique o desenvolvimento da fibromialgia, mas sim alguns fatores que estão associados a essa doença, como:

  • Problemas com o sono;
  • Sedentarismo;
  • Ansiedade e depressão;
  • Traumas físicos ou emocionais;
  • Genética;
  • Infecções por vírus e doenças autoimunes.

Conheça a fadiga 

A Fadiga crônica é uma síndrome que apresenta um cansaço persistente e que se intensifica a partir da prática de atividade física ou mental. Apesar de parecer contraditório, os sintomas de fadiga não melhoram com o repouso. Dessa forma, é perceptível que, independentemente da situação, a fadiga é insistente sem nenhum motivo aparente. 

Embora exista um alto índice de desconhecimento da causa da síndrome, alguns motivos são factíveis, como: a depressão, a anemia ferropriva, a hipoglicemia, a mononucleose, as disfunções glandulares e as doenças autoimunes.

Como o próprio nome sugere, o principal sintoma é a fadiga, porém existem algumas outras formas de manifestação da síndrome que merecem destaque, como:

  • Dificuldade de memorização ou concentração;
  • Dor de garganta;
  • Presença de gânglios (íngua) dolorosos no pescoço ou nas axilas;
  • Dores musculares e nas juntas;
  • Dor de cabeça; 
  • Sono não reparador.

É preciso enfatizar que a fadiga é um sintoma que está relacionado a muitas outras enfermidades. Portanto, o diagnóstico deve ser, preferencialmente, precoce, pois o tratamento e os seus efeitos são mais efetivos quando são iniciados o mais cedo possível. 

O tratamento tende a ser eficaz e muitos pacientes conseguem se curar da síndrome da fadiga. Contudo, não existe um tratamento específico para a síndrome da fadiga crônica, as medidas são feitas para um controle dos efeitos provocados pela doença. As combinações de tratamento são:

  1. Atividades diárias moderadas: o paciente deve organizar o seu cotidiano, evitando o estresse físico e psicológico, sem se esquecer da necessidade de combater o sedentarismo.
  2. Exercícios físicos: a atividade física é indispensável, no entanto, a prática deve ser gradativa.
  3. Terapia cognitivo-comportamental: ajuda a ressignificar algumas atitudes que dificultam o progresso do tratamento, trazendo ações mais positivas para sua rotina. 
  4. Tratamento de depressão e ansiedade: caso estejam presentes, devem ser tratadas. Os antidepressivos também podem ajudar a melhorar o sono e aliviar a dor.
  5. Tratamento da dor.
  6. Tratamento da má qualidade do sono.
  7. Outros tratamentos que podem contribuir para a evolução do paciente: acupuntura, meditação, técnicas de relaxamento, alongamentos, ioga e tai chi.
  8. Grupos de apoio para pacientes com síndrome da fadiga crônica podem ajudar no processo de entendimento do problema e, consequentemente, facilitar o processo durante o tratamento.

Importância do diagnóstico adequado

Distinguir a fibromialgia da fadiga crônica, por vezes, pode ser uma tarefa difícil devido não só aos seus sintomas semelhantes, mas também ao fato de as duas doenças não possuírem causas conhecidas, tratamento altamente efetivo e características clínicas parecidas. 

No entanto, sobre a fibromialgia, é importante destacar que o seu principal sintoma é a dor muscular; já em relação a Síndrome da Fadiga Crônica, o sintoma de fadiga é o mais dominante, apesar dos dois sintomas pertencerem às duas doenças, o nível de importância para cada uma é o que deixa explícita a principal diferença entre as duas síndromes.

O diagnóstico correto em tempo hábil é primordial para se buscar, de forma mais efetiva, os procedimentos e tratamentos mais eficazes para resgatar a qualidade de vida do paciente que está lidando com tantos sintomas.

 

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Última modificação em Segunda, 22 Janeiro 2024 14:40
Dr. Otávio Melo
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