O motivo para me tornar médico foi o de poder ajudar as pessoas a viverem mais e melhor. Inicialmente cursei a Especialização em Cardiologia e trabalhei em serviços de resgate terrestre e aéreo, emergências e terapia intensiva.
Após alguns anos ingressei na Residência Médica de Ortopedia, e a seguir cursei a subespecialização em joelho, que concluí na cidade de Lyon, na França para onde me mudei por ter recebido uma Bolsa Internacional. Realizei incontáveis procedimentos cirúrgicos desde então, até que comecei a perceber que infelizmente muitos pacientes não se recuperavam bem após o procedimento.
Comecei a aprofundar meus estudos sobre a capacidade de reparação natural dos tecidos, e sobre como fazer para ajudar a natureza nessa tarefa. Esse tema me fascina, e já rendeu uma tese de mestrado, um prêmio de inovação no exterior, algumas publicações científicas e diversos convites para palestras, apresentação em congressos e aulas em cursos de pós-graduação.
Durante mais de 10 anos fui professor de graduação nas disciplinas de histologia, técnica cirúrgica, anatomia, ortopedia e emergências médicas. Isso reforçou o prazer pelo estudo e pesquisa ,e incentivou-me a fazer mais alguns cursos, como a Residência em Clínica de Dor no Hospital das Clínicas da UFMG. Em busca de desafios cada vez maiores, cumpri os créditos no Doutorado em Medicina Baseada em Evidências pela UNIFESP e cursei os cursos de Medicina Funcional Integrativa do Dr. Victor Sorrentino e a Pós-Graduação do Dr. Lair Ribeiro.
Sempre me importei em melhorar a qualidade de vida daqueles que estão ao meu redor. Descobri na Ortopedia uma maneira de devolver às pessoas sua plena capacidade de realizar as atividades e movimentos com liberdade.
No ano de 2022 aceitei um desafio ainda maior, que foi o de coordenar o primeiro Curso de Pós-Graduação em Ortopedia Integrativa do Brasil, promovido pela Faculdade Plenitude em São Paulo. Com carga-horária de 360 horas e conteúdo transdisciplinar, reunimos mais de 50 professores de todo o país, com formação em áreas distintas do conhecimento, como medicina, educação física, psicologia, nutrição, enfermagem, fisioterapia, teologia, filosofia, terapias complementares e alternativas, ayurveda, yoga, fitoterapia, entre outras.
O mais importante, na minha opinião, em dar aulas, não é apenas o compartilhamento dos conhecimentos adquiridos e o auxílio na formação das próximas gerações, mas também o aprendizado constante e a atualização contínua daquele que se propõe a ensinar aquilo que aprendeu um dia, pois o conhecimento não tem dono, e ao mesmo tempo é infinito.