Como funciona o tratamento por ondas de choque? Entenda!

O tratamento cirúrgico não é uma opção confortável para muitas pessoas que sofrem com alguma patologia. Sendo assim, quando possível, optam por procedimentos não invasivos que podem amenizar as dores e os sintomas.

Nesses casos, o tratamento por ondas de choque tem sido uma alternativa com cada vez mais aceitação e grande taxa de eficiência. Essa opção continua sendo não cirúrgica e é realizada em consultório, apresentando um ótimo custo-benefício.

Ao longo do texto vamos entender um pouco mais sobre esse tratamento, descobrir suas vantagens e saber quando devemos procurá-lo. Confira! 

O que é tratamento por ondas de choque? 

Trata-se de um procedimento não invasivo que auxilia no tratamento de patologias musculoesqueléticas, estimulando e acelerando a regeneração tecidual.

Por meio de sequências de pulsos sonoros, o tecido sofre mecanotransdução  — processo em que as células transformam impulsos mecânicos em respostas químicas —, causando microrrupturas dos capilares e estimulando uma maior vascularização no local.

Dessa forma, o local recebe melhor nutrição, oxigenação e torna-se rico em colágeno. A combinação desses fatores tem resultados antiinflamatórios, acarretando a diminuição dos tecidos fibróticos e acelerando a reparação do tecido em foco.

Como funciona o tratamento?

A princípio, podemos dizer que a aplicação de ondas de choque é composta por três etapas principais.

Em primeiro lugar, o médico responsável pelo procedimento identificará, por meio de exames físicos ou auxiliares, o local que será tratado. Posteriormente, será feita a preparação para o início do procedimento, no qual será utilizado um gel, que facilitará a transferência das ondas de choque; por último, o tratamento será realizado. 

É importante destacar que as ondas de choque mecânicas não têm nenhuma semelhança com as ondas elétricas utilizadas em outros tipos de tratamento.

A depender do tipo de patologia ou tamanho da lesão, o médico responsável poderá optar por usar ondas focais, que são concentradas em um ponto, ou ondas radiais, que se difundem e se espalham pelo tecido. Existem casos em que a combinação dos dois métodos alcança melhores resultados.

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Benefícios

Além de uma maior comodidade, por ser um tratamento realizado em consultório e sem a necessidade de imobilização, podemos atribuir às ondas de choque benefícios muito significativos. 

Em primeiro lugar, podemos destacar a rapidez do processo de tratamento. Cada paciente apresenta condições e lesões diferentes, por isso, o tempo e a intensidade variam. Em geral, é possível beneficiar-se de certo alívio a partir da segunda aplicação. O tratamento pode alcançar resultados consistentes e satisfatórios entre a 4ª e 6ª sessão.

Após cada aplicação, não é necessário nenhum tipo de curativo, logo, o paciente fica livre para sair do consultório e realizar suas tarefas diárias, evitando, apenas, atividades físicas ou que possam sobrecarregar o local tratado, afinal, esse procedimento permite que apenas a área focada seja afetada pelas ondas de choque (as áreas próximas à região são afetadas minimamente, sem ações significativas).  

Outras vantagens do tratamento são: não deixa cicatrizes, não necessita de anestesia e não causa alergias. Com o alívio da dor crônica, consequentemente, o uso de medicamentos analgésicos também diminui. 

Efeitos colaterais

Quando indicado e realizado de maneira adequada por um profissional habilitado, atribui-se às ondas de choque efeitos colaterais mínimos.

Contudo, são relatadas dores no local durante a aplicação, podendo se prolongar por algumas horas após o término da sessão. Esse sintoma poderá ser acompanhado ou não por formigamentos e dormências locais. Porém, essas informações já são previamente esclarecidas pelo médico, que poderá, também, sugerir o uso de analgésicos simples para que a dor posterior seja controlada.

Eventualmente, poderá surgir hematomas ou equimoses. Para esses casos, não é necessário nenhum atendimento ou cuidado especializado, já que costumam desaparecer sozinhos nos dias subsequentes à aplicação.

Existem poucos pacientes que relataram zumbidos nos ouvidos ou desmaios, portanto, é importante reforçar que o diagnóstico, a prescrição e a aplicação deverão ser feitos por profissionais habilitados para que não existam complicações não planejadas.

Apesar de os efeitos colaterais serem mínimos, a aplicação de ondas de choque detém de algumas contraindicações, por exemplo;

  • gestantes;
  • crianças (placa de crescimento);
  • próteses ou implantes na área;
  • outros problemas na área (câncer ou infecções);
  • doenças de coagulação.

Quando e como procurar o tratamento por ondas de choque?

Após todas as informações já compreendidas, podemos afirmar que esse tratamento é uma opção segura, eficaz e com muitos benefícios. Mas, afinal, ondas de choque: para que servem?

Frequentemente utilizadas para o tratamento de lesões, inflamações e tendinopatias agudas crônicas, as ondas de choque podem auxiliar na recuperação de diversos tecidos, incluindo alguns órgãos com nutrição sanguínea prejudicada. Podem ser utilizadas em variadas regiões, como coluna, ombros, joelhos, quadris e tornozelos, bem como para a pele.  

Exemplos de aplicação:

  • artrose;
  • fraturas por estresse;
  • compressão de nervos
  • retardo de consolidação óssea;
  • epicondilites;
  • dores crônicas na coluna (posturais);
  • úlceras cutâneas.

Além da ortopedia, diversas outras áreas médicas estão fazendo o uso dos tipos de ondas de choque: fisioterapia, neurologia, dermatologia, cardiologia e, até mesmo, a urologia.

Por fim, podemos afirmar que o tratamento por ondas de choque é uma ótima alternativa não invasiva para diversos tipos de dores ou patologias. O seu uso vem se mostrando cada vez mais amplo e seguro, capaz de amenizar sintomas agudos e crônicos sem que haja maiores efeitos colaterais.

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