Lesão Muscular

O que é
Distensão muscular ocorre quando um músculo ou tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço que rompe fibras musculares, dando origem a inflamações locais.
A distensão muscular não é privilégio dos atletas nas competições. Pode acontecer com qualquer pessoa, em qualquer lugar, durante a realização de tarefas rotineiras.
A distensão muscular ocorre quando um músculo ou o tendão que se prende ao osso é submetido a um esforço que rompe algumas ou muitas fibras musculares e os vasos sanguíneos que as irrigam, dando origem a um hematoma acompanhado de inflamação local. Ela pode ser de dois tipos:
• Distensão aguda: acontece quando os tendões e os músculos são solicitados a fazer uma contração repentina, de forte intensidade. Exemplos são as contusões musculares que ocorrem durante a prática de esportes competitivos, quando levantamos objetos pesados do chão ou fazemos força brusca contra uma resistência.
• Distensão crônica: surge em consequência de exercícios repetitivos, prolongados, que solicitam sempre os mesmos músculos. São as distensões musculares que atingem os corredores, os ciclistas e os que praticam esportes competitivos.

FATORES DE RISCO
O risco de sofrer distensões musculares aumenta nas seguintes situações:
• Falta de condicionamento físico e do emprego da técnica adequada para a realização de cada tipo de exercício;
• Falta de aquecimento antes da prática dos exercícios;
• Cansaço extremo;
• Excesso de peso corpóreo.

SINTOMAS
Dor, hematoma (mancha roxa), edema (inchaço), dificuldade para movimentar o músculo lesado são os sintomas típicos das distensões musculares. Quanto mais intensos, maior a gravidade do quadro. Quando há ruptura completa das fibras e o rompimento dos vasos sanguíneos, surge um grande hematoma no local que fica muito inchado.
No que se refere à dor, nas distensões agudas, ela pode vir acompanhada de pontadas e dificuldade de movimentação do músculo comprometido. Já, nas distensões crônicas, costuma ser mais fraca e manifestar-se quando os movimentos que causaram a distensão são repetidos.

DIAGNOSTICO
Além da avaliação clínica da região afetada pela distensão muscular, radiografia, ressonância magnética e eletromiograma são exames de imagem importantes para estabelecer o diagnóstico diferencial e orientar o tratamento.

RECOMENDAÇÕES
• Aplique gelo no local da lesão imediatamente. O frio diminui a sensibilidade à dor, o inchaço, o sangramento interno e o processo inflamatório. Repita a operação a cada duas horas até desaparecerem os sintomas;
• Proteja o músculo lesado com uma faixa para comprimir a área e evitar que o inchaço e o sangramento interno aumentem;
• Evite atividades que aumentem a dor, mas não fique completamente parado. Use o bom senso: os limites para a atividade são a dor e o inchaço. Doeu ou inchou, parou;
• Mantenha o membro em que ocorreu a distensão em posição mais alta do que o coração;

TRATAMENTO
Uma técnica minimamente invasiva e de rápida execução tem trazido alívio e devolvido a qualidade de vida para esses indivíduos: o uso da radiofrequência.
O tratamento utiliza corrente elétrica em alta frequência por meio de um eletrodo para impedir que os nervos responsáveis pelo estímulo da dor no paciente continuem agindo. “Nos pacientes com artrose de quadril e joelho e naqueles com dor crônica de coluna, a radiofrequência atua nos nervos responsáveis pela condução do estímulo de dor crônica, que já estão sensibilizados e alterados pela doença. Fazemos uma lesão no nervo para interromper o ciclo de dor”, explica o neurocirurgião funcional do Hospital Santa Lúcia, Tiago Freitas.

COMO FUNCIONA
Segundo o médico, existem vários subtipos de radiofrequência, aplicadas de acordo com o tipo de dor apresentada pelo paciente. A radiofrequência térmica, também chamada de contínua, é a mais comumente realizada. O procedimento ocasiona uma lesão no nervo responsável por transmitir a sensação dolorosa, o que interrompe o processo de dor.
O tratamento por radiofrequência é realizado com anestesia local e sedação (sem anestesia geral), e até mesmo sem necessidade de internação. “Por se tratar de uma técnica minimamente invasiva e rápida, as contraindicações são bastante restritas. Como utilizamos agulhas, de maneira geral essas restrições são para pacientes com problemas de coagulação sanguínea, com processos infecciosos na pele ou extremamente debilitados”, detalha o médico.
“Como uma das ferramentas terapêuticas disponíveis, a radiofrequência auxilia no tratamento de pacientes com quadro de dor e é mais eficaz quando associada a outros métodos, como a fisioterapia, acupuntura e o uso de medicamentos”, explica.

RESULTADOS
A resposta ao procedimento é individual. Alguns pacientes necessitam apenas de uma sessão se associada a outros tratamentos — fisioterapia e medicação. Outros podem se beneficiar por meses ou até alguns anos e voltar a sentir dor. Nesses casos, o procedimento pode ser repetido. “Não existe um limite certo para a repetição do procedimento, já que a lesão dos nervos de dor não é definitiva, mas a associação da radiofrequência a outras terapias de dor pode prolongar seu efeito”, esclarece o neurocirurgião funcional.

 

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