Romper ligamento: o que fazer até chegar em um especialista?

Os ligamentos são estruturas essenciais para manter a nossa mobilidade e o equilíbrio  durante o movimento das articulações. Eles são compostos de um tecido fibroso e resistente, mas que tem uma baixa capacidade de se regenerar. É por isso que, ao romper o ligamento, a intervenção deve ser imediata e especializada.

Apesar de ser uma estrutura composta para suportar grandes impactos, a sua baixa elasticidade faz com que seja propensa a rupturas, principalmente decorrente de movimentos bruscos.

Os praticantes de esportes de contato, como futebol e rugby, estão entre os que mais sofrem com esse tipo de trauma, especialmente no joelho que, geralmente, vem acompanhado também de uma lesão de menisco

No entanto, nada impede que o rompimento aconteça em consequência de uma queda ou entorse. Ou seja, estamos todos sujeitos a esse acidente indesejado.

Mesmo que a lesão aparente ser superficial, a tendência é que o quadro se agrave. Por isso, caso passe por esta situação, deve procurar imediatamente um especialista. Mas, até conseguir uma consulta, existem coisas que você pode fazer (ou não fazer) para promover a recuperação desde já.

Acompanhe esse post até o fim para saber!

Como identificar a ruptura de ligamento

A melhor forma de ter a certeza que sofreu uma ruptura de ligamento é consultando um especialista para confirmar o diagnóstico. Com exames físicos e de imagem, ele conseguirá dizer precisamente qual foi o problema, a sua gravidade e prescrever um tratamento adequado. Por isso, a consulta é indispensável.

Mas, antes de ir ao médico, os sintomas podem ajudar a diferenciar o rompimento de outros tipos de trauma, indicando que medidas tomar para lidar melhor com a situação.

Dependendo da localização do ligamento, os sinais podem ser diferentes. Em uma lesão do ligamento cruzado anterior, por exemplo, os principais sintomas são dor na parte de “dentro” do joelho e uma sensação de instabilidade da articulação. O inchaço também pode surgir em consequência do rompimento e do acúmulo de sangue na região.

Quando o rompimento é do ligamento cruzado posterior, menos comum, os incômodos são parecidos, mas o edema é mais raro ou bem menos evidente que no caso anterior. Depois da lesão, a reconstrução do ligamento cruzado através de cirurgia pode ser necessária.

Já no caso de ruptura de ligamentos do tornozelo, a instabilidade, dor e sensibilidade da articulação são logo identificadas. Tal como o que acontece com os ligamentos do joelho, o inchaço se verifica por conta da hemorragia causada pelo rompimento.

Quando os ligamentos do ombro se rompem, normalmente causam uma luxação desta região, que é bastante evidente. Toda a articulação sofre um deslocamento, causando muita dor e dificuldade de movimentação. A luxação é ainda visualmente identificável, pois o ombro afetado fica claramente deformado.

O que fazer até ser atendido por um especialista

Do momento em que o rompimento acontece até a hora da consulta para avaliar a extensão do problema, muita coisa pode acontecer. E a forma como esse primeiro momento pós-lesão é conduzido pode fazer toda a diferença, podendo causar até o agravamento do trauma.

Como certamente não é esse o cenário desejado, veja o que fazer antes de chegar a um profissional de Ortopedia e Traumatologia.

Evitar movimentos do joelho, tornozelo ou outra articulação afetada

Dependendo da gravidade da lesão, talvez você nem consiga fazer esse tipo de movimento. Mas, mesmo que detecte que tem mobilidade, evite mexer. O ideal é que a articulação com o ligamento rompido seja imobilizada.

No momento do diagnóstico, o especialista vai manipular a região lesionada, mas ele sabe exatamente que testes e técnicas deve utilizar para não agravar o problema. Sem qualquer tipo de orientação, mantenha-se em repouso.

Não caminhar com a perna apoiada no chão

Ao romper ligamentos de articulações dos membros inferiores (joelhos, tornozelos), tudo o que você não deve fazer é provocar mais impacto e colocar peso sobre a região. Mesmo que aparentemente esteja tudo bem e que a dor seja controlável, não apoie a perna afetada no chão.

Seguindo a orientação do item anterior, tente imobilizá-la e aguarde atendimento. Se necessário, utilize muletas para ajudar na locomoção. Esse é um passo, inclusive, recomendado para o período de recuperação.

Usar gelo para reduzir a dor e o inchaço, se for o caso

O gelo é uma espécie de anestésico natural e ainda ajuda a reduzir o edema, mas é preciso ter cuidado também no momento da aplicação. Nunca coloque-o diretamente na pele, pois pode causar queimaduras.

Utilize-o dentro de um saco e enrolado em uma toalha, por exemplo, para que tenha o mesmo efeito, mas não cause mais riscos. É fundamental ainda fazer uso da terapêutica por, no máximo, 20 minutos de uma vez apenas.

Como tratar

A ruptura é uma lesão de ligamento com um grau de moderado a grave e o tratamento vai depender sempre da avaliação do profissional. O caso precisa ser avaliado individual e cuidadosamente. Nos casos mais graves, de ruptura total, é normal que a indicação seja a de uma cirurgia reconstrutiva.

O ideal é que o acompanhamento seja feito por uma equipe multidisciplinar, pois fisioterapia e estratégias de manejo da dor são necessárias durante o período da recuperação. Os especialistas vão trabalhar, além da mobilidade da articulação afetada, o reforço muscular, que ajudará a prevenir que o problema volte a acontecer.

Uma reabilitação bem conduzida é essencial para que a articulação recupere a sua forma e não cause outros problemas.

Voltando ao caso do rompimento do ligamento cruzado, que é bastante comum em atletas, caso ele não seja bem administrado e tratado, pode prejudicar outras estruturas como o tendão patelar, fêmur e tíbia, osso da perna aos quais está diretamente ligado.

Se você suspeita que sofreu uma lesão ou mesmo rompeu ligamentos e ainda não recebeu o atendimento adequado para a sua situação, você pode agendar uma consulta conosco e ser avaliado(a) por uma equipe especializada em Ortopedia Biológica!

 

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Dr. Otávio de Melo Silva Júnior – Médico Ortopedista – CRMMG 41116 – RQE 25306
Dra. Lorena Nunes – Enfermeira – COREN 375466 – ENF
Dra. Glauciane Rezende – Fisioterapeuta – CREFITO-4 224282-F

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