Dor no Quadril

Uma região muito complexa, o quadril exige certos cuidados para evitar dores e até transtornos maiores. Essa estrutura é responsável por sustentar a base da coluna e ligar as pernas ao tronco. Dada esta função de encaixe, é natural que o quadril sofra com o impacto, além de problemas posturais.

São vários os fatores que podem causar dor e desconforto na região. É importante, sempre, estar atento aos sintomas e procurar um médico especialista para analisar o caso. São várias as possibilidades de patologias que podem ocorrer no quadril e é preciso cuidado para não intensificar problemas, tornando-os crônicos.

Problemas mais comuns:

BURSITE TROCANTÉRICA
Bastante comum, é o resultado da inflamação da bolsa (bursa) que existe ao lado da parte superior e lateral do fêmur, e decorre do atrito de um tecido fibroso da coxa sobre o osso.

TENDINOPATIAS
É a inflamação dos tendões em torno do quadril. Pode ser confundida com bursites.

OSTEONECROSE
Ocorre quando o aporte sanguíneo para a cabeça do fêmur é interrompido, o que provoca a morte de células ósseas, o colapso do osso, deformação e perda de movimentos. Várias são as causas de osteonecrose (uso de corticoide, drogas ilícitas, álcool, dislipidemias, mergulho em águas profundas, entre outras causas)

DOR LOMBAR
Muitos problemas de coluna podem causar dores na região do quadril, sendo que o mais comum são as hérnias de disco e a compressão do nervo isquiático (ciático).

É fundamental consultar um médico para fazer o diagnóstico se a causa é na coluna ou quadril. É comum pessoas com artrose (desgaste) da articulação coxo femoral, ser confundida com lombociatalgia, porque o processo degenerativo (artrose) da articulação coxo femoral pode ter dores referidas na coxa e joelho.

RESSALTO NO QUADRIL
Caracteriza-se por uma dor em queimação na região lateral (externa) da pelve.

Normalmente não dói, mais a pessoa sente estalido que parece que a junta do quadril sai do lugar, isso se da pelo ressalto do tecido chamado Banda Iliotibial, junto à parte proximal do fêmur (trocanter maior), nos movimentos de flexão e rotação do quadril e também pode ter ressalto do músculo iliopsoas que ocorre na parte da frente da articulação do quadril, também associado a movimento de flexão e rotação do quadril.

FRATURAS
Mais comuns em pessoas idosas, geralmente ocorrem no colo do fêmur e parte proximal. Essas fraturas são mais frequentes em mulheres acima de 65 anos e ocorrem, normalmente, por queda, e estão relacionadas a altos índices de mortalidade nos dois primeiros anos. A causa das fraturas normalmente é por uma fragilidade do osso (osteoporose), as causas de osteoporose são varias desde a falta de exercícios, alterações hormonais uso de alguns medicamentos.

ARTROSE
É quando gasta a cartilagem na articulação do quadril. Inicialmente pode doer a região da coxa e do joelho, depois pode ter dor na virilha e na sequência a pessoa começa a perder o movimento de rodar e abrir a coxa.

Tratamento
Uma técnica minimamente invasiva e de rápida execução tem trazido alívio e devolvido a qualidade de vida para esses indivíduos: o uso da radiofrequência.

O tratamento utiliza corrente elétrica em alta frequência por meio de um eletrodo para impedir que os nervos responsáveis pelo estímulo da dor no paciente continuem agindo. “Nos pacientes com artrose de quadril e joelho e naqueles com dor crônica de coluna, a radiofrequência atua nos nervos responsáveis pela condução do estímulo de dor crônica, que já estão sensibilizados e alterados pela doença. Fazemos uma lesão no nervo para interromper o ciclo de dor”, explica o neurocirurgião funcional do Hospital Santa Lúcia, Tiago Freitas.

Como Funciona
Segundo o médico, existem vários subtipos de radiofrequência, aplicadas de acordo com o tipo de dor apresentada pelo paciente. A radiofrequência térmica, também chamada de contínua, é a mais comumente realizada. O procedimento ocasiona uma lesão no nervo responsável por transmitir a sensação dolorosa, o que interrompe o processo de dor.

O tratamento por radiofrequência é realizado com anestesia local e sedação (sem anestesia geral), e até mesmo sem necessidade de internação. “Por se tratar de uma técnica minimamente invasiva e rápida, as contraindicações são bastante restritas. Como utilizamos agulhas, de maneira geral essas restrições são para pacientes com problemas de coagulação sanguínea, com processos infecciosos na pele ou extremamente debilitados”, detalha o médico.

“Como uma das ferramentas terapêuticas disponíveis, a radiofrequência auxilia no tratamento de pacientes com quadro de dor e é mais eficaz quando associada a outros métodos, como a fisioterapia, acupuntura e o uso de medicamentos”, explica.

Resultados
A resposta ao procedimento é individual. Alguns pacientes necessitam apenas de uma sessão se associada a outros tratamentos — fisioterapia e medicação. Outros podem se beneficiar por meses ou até alguns anos e voltar a sentir dor. Nesses casos, o procedimento pode ser repetido. “Não existe um limite certo para a repetição do procedimento, já que a lesão dos nervos de dor não é definitiva, mas a associação da radiofrequência a outras terapias de dor pode prolongar seu efeito”, esclarece o neurocirurgião funcional.

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