Meniscectomia Parcial: Vale a Pena Remover Parte do Menisco?
O menisco é uma estrutura cartilaginosa em forma de “C” localizada no joelho, atuando como amortecedor e estabilizador da articulação. Lesões meniscais são comuns e podem ocorrer devido a traumas, movimentos bruscos ou ao desgaste natural com o envelhecimento.
A meniscectomia parcial é uma cirurgia minimamente invasiva que remove apenas a parte lesionada do menisco, buscando aliviar a dor e restaurar a mobilidade. Mas será que essa abordagem é sempre a melhor escolha?
Indicações para Meniscectomia Parcial 
A decisão pela meniscectomia parcial depende de diversos fatores, como idade, nível de atividade do paciente e extensão da lesão.
Indicações Comuns
Lesões Traumáticas: Ocorrem geralmente em atletas ou praticantes de esportes de impacto, quando há uma torção brusca do joelho.
Lesões Degenerativas: Associadas ao envelhecimento, resultam do desgaste progressivo do menisco.
Falha no Tratamento Conservador: Se fisioterapia, analgésicos e mudanças no estilo de vida não resolverem os sintomas.
Bloqueio Articular: Quando um fragmento do menisco lesionado impede o movimento normal do joelho.
Como é Feita a Meniscectomia Parcial? 
A cirurgia é realizada por artroscopia, um procedimento minimamente invasivo que utiliza pequenas incisões e uma microcâmera para visualizar a articulação.
Passo a passo da cirurgia:
O cirurgião faz pequenas incisões no joelho.
Uma câmera em miniatura é inserida para visualizar o menisco danificado.
São usados instrumentos especiais para remover apenas a parte lesionada do menisco.
A articulação é lavada para eliminar fragmentos soltos.
As incisões são fechadas com suturas ou fitas adesivas.
Duração: 30 a 60 minutos
Internação: Geralmente, o paciente recebe alta no mesmo dia.
Meniscectomia Parcial x Reparação Meniscal
Critério | Meniscectomia Parcial | Reparação Meniscal |
---|---|---|
Objetivo | Remover parte do menisco | Suturar a lesão meniscal |
Público Ideal | Idosos ou lesões irreparáveis | Pacientes jovens com lesões na borda vascularizada |
Tempo de Recuperação | 4 a 6 semanas | 3 a 6 meses |
Risco de Osteoartrite | Alto | Baixo |
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Benefícios da Meniscectomia Parcial 🎯
A cirurgia pode trazer alívio rápido para certos pacientes. Veja as principais vantagens:
- ✔ Alívio imediato da dor
- ✔ Melhora da mobilidade e estabilidade
- ✔ Retorno rápido às atividades diárias e esportivas
- ✔ Procedimento minimamente invasivo, com cicatrizes pequenas
- ✔ Menor tempo de reabilitação comparado à reparação meniscal
Possíveis Riscos e Efeitos Colaterais ⚠️
Como qualquer procedimento cirúrgico, a meniscectomia parcial apresenta riscos. Entre eles:
- 🔴 Aumento do risco de osteoartrite (devido à remoção de uma estrutura protetora da articulação)
- 🔴 Persistência ou retorno da dor
- 🔴 Infecção no local da cirurgia (raro)
- 🔴 Inchaço e rigidez no joelho
- 🔴 Trombose venosa profunda (formação de coágulos sanguíneos)
📊 Fatores de Risco para Complicações
Fator de Risco | Como Pode Impactar 🏥 |
---|---|
Idade avançada 👴 | Maior risco de artrose precoce |
Obesidade ⚖️ | Aumento da carga no joelho, retardando a recuperação |
Lesão extensa 🩻 | Necessidade de remoção significativa do menisco |
Histórico de cirurgias 🏥 | Pode comprometer a estabilidade do joelho |
Alternativas à Cirurgia 🤔
Antes de optar pela meniscectomia parcial, é importante considerar alternativas menos invasivas:
- 🔹 Fisioterapia – Fortalecimento muscular e melhora da mobilidade.
- 🔹 Uso de anti-inflamatórios – Ajuda a reduzir dor e inflamação.
- 🔹 Infiltrações com ácido hialurônico ou corticóides – Aliviam os sintomas temporariamente.
- 🔹 Modificação de atividades – Evitar esportes de impacto e movimentos bruscos.
⚠️ Quando a cirurgia é inevitável?
Se houver bloqueio articular, dor persistente que compromete a qualidade de vida ou falha das terapias conservadoras.
O Que a Ciência Diz? 📚🔬
Estudos recentes compararam a meniscectomia parcial com tratamentos não cirúrgicos em pacientes com lesões degenerativas. Algumas descobertas incluem:
- 📌 Pacientes que seguiram um protocolo rigoroso de fisioterapia tiveram resultados semelhantes aos da cirurgia em até 2 anos.
- 📌 A remoção do menisco pode aumentar o risco de osteoartrite a longo prazo.
- 📌 Para lesões traumáticas, a cirurgia pode ser mais benéfica, pois remove fragmentos instáveis que causam dor.
✅ Conclusão dos estudos: A decisão pela meniscectomia deve ser individualizada, levando em conta sintomas, idade e estilo de vida do paciente.
Conclusão 🏁
A meniscectomia parcial pode ser uma excelente opção para tratar certas lesões meniscais, proporcionando alívio rápido da dor e recuperação ágil. No entanto, deve ser considerada com cautela, especialmente devido ao risco aumentado de osteoartrite a longo prazo.
- 🔹 Para lesões traumáticas em pacientes ativos, pode ser benéfica.
- 🔹 Para lesões degenerativas, o tratamento conservador pode ser mais vantajoso.
- 🔹 Consulte o Dr. Otávio Melo, referência em ortopedia do joelho para uma avaliação detalhada! 🩺👨⚕️
📌 Referências Bibliográficas
O Autor
Dr. Otávio Melo é referência em ortopedia em Belo Horizonte, com uma abordagem que integra tratamentos inovadores e tecnológicos para a saúde ortopédica. Especialista em joelho, ele atua na prevenção e tratamento de lesões, buscando sempre soluções menos invasivas e focadas na recuperação completa dos pacientes. Sua experiência em medicina regenerativa é um diferencial para quem busca resultados duradouros.
Como ortopedista especialista em joelho em BH, Dr. Otávio oferece um atendimento personalizado, voltado para as necessidades específicas de cada paciente. Ele combina a sua expertise com tecnologias avançadas e técnicas modernas para tratar diversas condições ortopédicas, desde lesões esportivas até problemas crônicos.
Curriculum Resumido
Formação
- Medicina Funcional Integrativa – Dr. Victor Sorrentino
- Pós Graduação – Dr. Lair Ribeiro
- Doutorado em Saúde Baseada em Evidências (Creditos) – UNIFESP
- Mestrado em Medicina – Santa Casa de Belo Horizonte
- Clínica da Dor – Hospital das Clínicas da UFMG
- Medicina Regenerativa – UNICAMP
- Fellowship em Cirurgia do Joelho – Hôpital de La Croix Rousse – Lyon – França
- Especialização em Cirurgia do Joelho – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- Residência em Ortopedia e Traumatologia – SBOT/MEC – Brasília-DF
- Medicina – Faculdade de Ciências Médicas – Belo Horizonte – MG
- Técnico em Química – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Afiliações
- SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
- SBRATE – Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte
- SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício
- SBCJ – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- SMBTOC – Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque
- SBPML – Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e Medicina Legal
- ESSKA – European Society of Sports Traumatology, Knee Surgery and Arthroscopy
- ISAKOS – International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine
- ICRS – International Cartilage Repair Society
- AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons
- ABOOM – Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo
- ABPMR – Associação Brasileira de Pesquisa em Medicina Regenerativa
- SBRET – Sociedade Brasileirta de Regeneração Tecidual
- SBLMC – Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia
- ABUM – Associação Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética
Atuação
- CEO do Instituto Regenius
- Médico Ortopedista
- Segundo-Tenente Médico do Exército Brasileiro (R/2)
- Ex-Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Ex-Professor da Faculdade de Ciências Médias de Minas Gerais (CMMG) – Belo Horizonte / MG
- Ex-Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB)