Lesão dos Ligamentos Colaterais (Medial e Lateral): Causas, Sintomas e Tratamentos
Os ligamentos colaterais medial (LCM) e lateral (LCL) são essenciais para a estabilidade do joelho. Suas lesões são comuns em atletas e pessoas fisicamente ativas, podendo causar dor e limitações funcionais.
- O Ligamento Colateral Medial (LCM) estabiliza o lado interno do joelho e impede o movimento excessivo para dentro (valgo).
- O Ligamento Colateral Lateral (LCL) estabiliza o lado externo do joelho e impede o movimento excessivo para fora (varo).
Essas lesões variam de leves a graves, sendo essencial um diagnóstico preciso para um tratamento eficaz.
Anatomia dos Ligamentos Colaterais 🦿
Ligamento | Localização | Função | Frequência de Lesão |
---|---|---|---|
LCM (Medial) | Parte interna do joelho | Evita deslocamento medial (valgo) | Muito comum |
LCL (Lateral) | Parte externa do joelho | Evita deslocamento lateral (varo) | Menos comum |
📌 Curiosidade: O LCM é mais propenso a lesões do que o LCL devido à sua ligação com o menisco medial e ao suporte menor dos músculos laterais.
Mecanismos de Lesão ⚡
A lesão dos ligamentos colaterais geralmente ocorre devido a forças externas aplicadas ao joelho.
🔴 Lesão do LCM (Medial)
✅ Impacto direto na parte externa do joelho, forçando-o para dentro (valgo).
✅ Movimento rotacional excessivo durante esportes como futebol, basquete e esqui.
🔵 Lesão do LCL (Lateral)
✅ Impacto direto na parte interna do joelho, forçando-o para fora (varo).
✅ Hiperextensão do joelho em quedas ou lesões de contato.
💡 Dica: Atletas que praticam esportes de contato ou mudanças bruscas de direção são mais suscetíveis a essas lesões.
Classificação das Lesões 📊
Grau | Descrição | Sintomas |
---|---|---|
I (Leve) | Pequeno estiramento do ligamento, sem instabilidade | Leve dor e inchaço, sem perda de função significativa |
II (Moderado) | Ruptura parcial do ligamento, alguma instabilidade | Dor moderada, dificuldade para andar, edema |
III (Grave) | Ruptura total do ligamento, instabilidade severa | Dor intensa, joelho “solto”, necessidade de cirurgia em alguns casos |
🛑 Importante: Lesões de grau III podem estar associadas a rupturas do Ligamento Cruzado Anterior (LCA) ou lesões meniscais.
Diagnóstico 🩺
O diagnóstico correto é essencial para definir o melhor tratamento.
🧐 Avaliação Clínica
- Histórico detalhado do paciente (mecanismo da lesão).
- Testes de estabilidade:
- Teste de estresse em valgo → avalia o LCM.
- Teste de estresse em varo → avalia o LCL.
📸 Exames de Imagem
✅ Radiografia → Descarta fraturas.
✅ Ressonância Magnética (RM) → Avalia grau da lesão e estruturas associadas.
💡 Curiosidade: Lesões isoladas do LCL são menos comuns e geralmente exigem uma investigação mais detalhada.
Veja também sobre: Lesão do Ligamento Cruzado Posterior (LCP): Causas, Sintomas e Tratamento
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Tratamento 🏥
Opções de Tratamento
Grau da Lesão | Tratamento Conservador | Cirurgia Necessária? |
---|---|---|
I (Leve) | Gelo, repouso, fisioterapia | ❌ Não |
II (Moderado) | Fisioterapia intensa, uso de órtese | ❌ Raramente |
III (Grave) | Cirurgia para reconstrução ligamentar | ✅ Sim, em muitos casos |
⚕️ Tratamento Conservador (Lesões de Grau I e II)
🔹 Protocolo RICE (Repouso, Gelo, Compressão, Elevação).
🔹 Uso de órteses para estabilização.
🔹 Fisioterapia para fortalecimento muscular e recuperação da mobilidade.
🛠️ Tratamento Cirúrgico (Lesões de Grau III)
🔸 Indicado para rupturas completas ou lesões combinadas (LCA, menisco).
🔸 Procedimentos:
- Reparação primária (costura do ligamento, quando possível).
- Reconstrução ligamentar com enxerto de tendão.
🩹 Recuperação pós-cirurgia: Pode levar 6 a 9 meses, dependendo da extensão da lesão.
Veja também sobre: Meniscectomia Parcial: Vale a Pena Remover Parte do Menisco?
Reabilitação e Retorno ao Esporte 🏋️
⚡ Fases da Reabilitação
1️⃣ Fase Inicial (0-4 semanas)
✅ Controle da dor e inchaço.
✅ Movimentos passivos e uso de muletas.
2️⃣ Fase Intermediária (4-8 semanas)
✅ Exercícios de fortalecimento progressivo.
✅ Trabalho de equilíbrio e propriocepção.
3️⃣ Fase Final (8-16 semanas)
✅ Treinamento funcional e esportivo.
✅ Avaliação para retorno seguro às atividades.
🏆 Retorno ao esporte:
- Lesões leves: 4-6 semanas.
- Lesões graves: 6-9 meses (pós-cirurgia).
💡 Dica: A recuperação depende da adesão ao tratamento e do fortalecimento muscular adequado.
Prevenção das Lesões 🏃♂️
✅ Exercícios de fortalecimento dos músculos do joelho e quadril.
✅ Treinamento proprioceptivo para melhorar o equilíbrio e a estabilidade.
✅ Uso de órteses em atividades de alto risco.
✅ Aquecimento e alongamento adequados antes do esporte.
🔹 Exemplo de Exercícios Preventivos:
- Agachamentos e avanços.
- Exercícios de equilíbrio (bosu, prancha instável).
- Treinos de salto e aterrissagem controlada.
Conclusão 🎯
As lesões dos ligamentos colaterais podem impactar significativamente a mobilidade e o desempenho esportivo. O diagnóstico precoce e um tratamento adequado são fundamentais para a recuperação. Além disso, estratégias preventivas ajudam a reduzir o risco de novas lesões. Consulte Dr. Otávio Melo, o especialista em joelho nesse link.
💡 Resumo Final:
✔️ Lesões do LCM são mais comuns do que as do LCL.
✔️ Diagnóstico envolve exames clínicos e de imagem.
✔️ Tratamento varia de fisioterapia a cirurgia (dependendo do grau da lesão).
✔️ Reabilitação e fortalecimento são essenciais para o retorno seguro ao esporte.
📚 Fontes
O Autor
Dr. Otávio Melo é referência em ortopedia em Belo Horizonte, com uma abordagem que integra tratamentos inovadores e tecnológicos para a saúde ortopédica. Especialista em joelho, ele atua na prevenção e tratamento de lesões, buscando sempre soluções menos invasivas e focadas na recuperação completa dos pacientes. Sua experiência em medicina regenerativa é um diferencial para quem busca resultados duradouros.
Como ortopedista especialista em joelho em BH, Dr. Otávio oferece um atendimento personalizado, voltado para as necessidades específicas de cada paciente. Ele combina a sua expertise com tecnologias avançadas e técnicas modernas para tratar diversas condições ortopédicas, desde lesões esportivas até problemas crônicos.
Curriculum Resumido
Formação
- Medicina Funcional Integrativa – Dr. Victor Sorrentino
- Pós Graduação – Dr. Lair Ribeiro
- Doutorado em Saúde Baseada em Evidências (Creditos) – UNIFESP
- Mestrado em Medicina – Santa Casa de Belo Horizonte
- Clínica da Dor – Hospital das Clínicas da UFMG
- Medicina Regenerativa – UNICAMP
- Fellowship em Cirurgia do Joelho – Hôpital de La Croix Rousse – Lyon – França
- Especialização em Cirurgia do Joelho – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- Residência em Ortopedia e Traumatologia – SBOT/MEC – Brasília-DF
- Medicina – Faculdade de Ciências Médicas – Belo Horizonte – MG
- Técnico em Química – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Afiliações
- SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
- SBRATE – Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte
- SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício
- SBCJ – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- SMBTOC – Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque
- SBPML – Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e Medicina Legal
- ESSKA – European Society of Sports Traumatology, Knee Surgery and Arthroscopy
- ISAKOS – International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine
- ICRS – International Cartilage Repair Society
- AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons
- ABOOM – Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo
- ABPMR – Associação Brasileira de Pesquisa em Medicina Regenerativa
- SBRET – Sociedade Brasileirta de Regeneração Tecidual
- SBLMC – Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia
- ABUM – Associação Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética
Atuação
- CEO do Instituto Regenius
- Médico Ortopedista
- Segundo-Tenente Médico do Exército Brasileiro (R/2)
- Ex-Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Ex-Professor da Faculdade de Ciências Médias de Minas Gerais (CMMG) – Belo Horizonte / MG
- Ex-Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB)