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Síndrome da Dor Femoropatelar Introdução
A síndrome da dor femoropatelar (SDFP), também conhecida como dor anterior no joelho ou “joelho do corredor”, é uma das causas mais comuns de dor na parte da frente do joelho, especialmente entre pessoas fisicamente ativas. Ela está frequentemente associada ao uso excessivo da articulação ou a desequilíbrios musculares que afetam o alinhamento da patela (rótula).
Embora não represente uma lesão ortopédica no joelho grave, a síndrome pode comprometer significativamente a qualidade de vida e o desempenho físico se não for tratada adequadamente. O diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para evitar a progressão da dor e permitir o retorno seguro às atividades cotidianas e esportivas.
O que é a Síndrome da Dor Femoropatelar?
A síndrome da dor femoropatelar é uma condição caracterizada por dor na parte anterior do joelho, geralmente relacionada ao contato e movimento da patela (rótula) sobre o fêmur durante atividades como correr, subir escadas ou permanecer muito tempo sentado.
A dor decorre de um desequilíbrio entre as estruturas que estabilizam a patela, o que leva a um aumento da pressão sobre a cartilagem da articulação femoropatelar. Isso não significa necessariamente que haja uma lesão estrutural grave, mas sim um quadro funcional que, com o tempo, pode evoluir para problemas como condromalácia patelar.
Essa condição é mais comum em:
Adolescentes e jovens adultos ativos;
Mulheres, devido a diferenças anatômicas no quadril e joelho;
Praticantes de esportes com movimentos repetitivos ou de alto impacto.
Causas e Fatores de Risco
A síndrome da dor femoropatelar é multifatorial. Suas causas e fatores de risco incluem:
Principais causas
Desequilíbrio muscular entre quadríceps, glúteos e core;
Alinhamento anormal da patela, como patela alta ou deslocada;
Biomecânica alterada, como pronação excessiva dos pés ou joelhos em valgo;
Sobrecarga repetitiva, comum em corredores e praticantes de crossfit;
Falta de flexibilidade muscular em membros inferiores;
Calçados inadequados, com má absorção de impacto.
Fatores de risco adicionais
Treinamento sem orientação profissional;
Histórico de lesões prévias no joelho;
Sedentarismo seguido de retomada abrupta de atividade;
Alterações anatômicas congênitas.
Sintomas Comuns
A dor femoropatelar pode variar em intensidade, mas costuma apresentar as seguintes características:
Dor na parte frontal do joelho, especialmente ao redor ou atrás da patela;
Desconforto ao ficar sentado por longos períodos (“sinal do cinema”);
Dor ao subir ou descer escadas, correr ou agachar;
Estalos ou sensação de atrito (crepitação) no joelho;
Sensação de fraqueza ou instabilidade;
Rigidez após repouso prolongado.
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Diagnóstico
O diagnóstico da SDFP é baseado principalmente na avaliação clínica, complementada por exames de imagem quando necessário.
Avaliação clínica
Análise da história da dor e atividades relacionadas;
Verificação de alterações posturais ou biomecânicas;
Avaliação de força muscular, flexibilidade e padrão de marcha.
Exames de imagem (se indicados)
Radiografia: para avaliar o alinhamento patelar;
Ressonância magnética: em casos mais complexos;
Ultrassonografia: para avaliação dinâmica ou inflamações leves.
Tratamento
Tratamento Conservador
Fisioterapia individualizada com foco em fortalecimento e reequilíbrio muscular;
Alongamentos regulares e reeducação postural;
Gelo local após atividade física;
Bandagens ou joelheiras patelares;
Redução temporária de atividades de impacto.
Tratamento Medicamentoso
Analgésicos simples (paracetamol);
Anti-inflamatórios (sob prescrição);
Infiltrações com ácido hialurônico ou corticosteroides, em casos refratários.
Tratamento Cirúrgico
Indicado apenas quando há falha no tratamento conservador e alterações anatômicas significativas:
Realinhamento patelar;
Liberação lateral;
Tratamento de lesões condrais.
Prevenção
Manter um joelho saudável envolve medidas simples e eficazes:
Fortalecimento regular dos músculos estabilizadores do joelho;
Alongamento diário de quadríceps, posterior de coxa e panturrilha;
Uso de calçados adequados para cada tipo de atividade;
Aquecimento e desaquecimento antes e depois do treino;
Progressão gradual nos treinos e retorno consciente após pausas;
Avaliação funcional periódica com fisioterapeuta ou ortopedista.
Conclusão
A síndrome da dor femoropatelar é uma condição comum, porém tratável, que pode impactar significativamente a qualidade de vida de quem sofre com dores na parte anterior do joelho. Por se tratar de um problema multifatorial, o diagnóstico correto e uma abordagem personalizada são essenciais para um tratamento eficaz e duradouro.
Ignorar os sintomas ou adotar soluções paliativas pode agravar o quadro e até predispor a lesões mais complexas. Por isso, ao identificar sinais como dor ao subir escadas, permanecer sentado ou realizar exercícios de impacto, é fundamental buscar avaliação especializada.
O Dr. Otávio Melo, ortopedista especialista em joelho em Belo Horizonte, possui ampla experiência no diagnóstico e tratamento de condições femoropatelares, oferecendo uma abordagem completa que alia tecnologia, precisão diagnóstica e reabilitação funcional.
Agende sua consulta e cuide da saúde dos seus joelhos com quem entende.
O Autor
Dr. Otávio Melo é médico ortopedista especialista em joelho na cidade de Belo Horizonte. Com uma abordagem que integra tratamentos inovadores e tecnológicos para a saúde ortopédica, atua na prevenção e tratamento de lesões.
Buscando sempre soluções menos invasivas e focadas na recuperação completa dos pacientes, sua experiência em medicina regenerativa é um diferencial para quem busca resultados duradouros.
Curriculum Resumido
Formação
- Medicina – Faculdade de Ciências Médicas – Belo Horizonte – MG
- Especialização em Cirurgia do Joelho – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- Pós Graduação – Dr. Lair Ribeiro
- Mestrado em Medicina – Santa Casa de Belo Horizonte
- Doutorado em Saúde Baseada em Evidências (Creditos) – UNIFESP
- Medicina Funcional Integrativa – Dr. Victor Sorrentino
- Clínica da Dor – Hospital das Clínicas da UFMG
- Medicina Regenerativa – UNICAMP
- Fellowship em Cirurgia do Joelho – Hôpital de La Croix Rousse – Lyon – França
- Residência em Ortopedia e Traumatologia – SBOT/MEC – Brasília-DF
- Técnico em Química – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Afiliações
- SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
- SBRATE – Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte
- SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício
- SBCJ – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- SMBTOC – Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque
- SBPML – Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e Medicina Legal
- ESSKA – European Society of Sports Traumatology, Knee Surgery and Arthroscopy
- ISAKOS – International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine
- ICRS – International Cartilage Repair Society
- AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons
- ABOOM – Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo
- ABPMR – Associação Brasileira de Pesquisa em Medicina Regenerativa
- SBRET – Sociedade Brasileirta de Regeneração Tecidual
- SBLMC – Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia
- ABUM – Associação Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética
Atuação
- CEO do Instituto Regenius
- Médico Ortopedista
- Segundo-Tenente Médico do Exército Brasileiro (R/2)
- Ex-Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Ex-Professor da Faculdade de Ciências Médias de Minas Gerais (CMMG) – Belo Horizonte / MG
- Ex-Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB)