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Osteocondrite Dissecante
Introdução
A osteocondrite dissecante é uma das patologias do joelho causadas por esforço que afeta a cartilagem e o osso subjacente, geralmente no joelho. Acomete principalmente adolescentes e jovens adultos ativos fisicamente. Ela pode causar dor, inchaço e sensação de travamento na articulação, especialmente após atividades esportivas. Quanto mais cedo for diagnosticada, maiores são as chances de tratamento eficaz e preservação da articulação.
O que é Osteocondrite Dissecante?
Essa condição ocorre quando há uma perda temporária ou permanente da irrigação sanguínea em uma área do osso logo abaixo da cartilagem, levando à morte óssea e possível soltura de fragmentos. O local mais afetado é o côndilo femoral medial, no joelho.
Ela é classificada em dois tipos:
- Juvenil: surge em pacientes com cartilagens de crescimento abertas, com bom potencial de recuperação conservadora.
- Adulta: ocorre após o fechamento das cartilagens e, geralmente, exige cirurgia.
Causas e Fatores de Risco
A causa exata da osteocondrite dissecante ainda é desconhecida, mas diversos fatores contribuem para seu aparecimento. Acredita-se que microtraumas repetitivos e alterações no suprimento sanguíneo local estejam entre os principais desencadeadores.
Entre os fatores de risco mais comuns, destacam-se:
- Atividades esportivas de alto impacto;
- Crescimento acelerado na adolescência;
- Predisposição genética;
- Anomalias vasculares locais.
Adolescentes do sexo masculino são mais frequentemente afetados, especialmente aqueles que praticam esportes como futebol, basquete e ginástica.
Sintomas
Os sintomas variam conforme a fase da lesão. No início, a dor pode ser leve e passageira, mas tende a se intensificar com o tempo se não for tratada. Nas fases mais avançadas, pode ocorrer perda de função articular.
Os principais sintomas incluem dor no joelho após atividades físicas, inchaço, sensação de travamento ou estalos, além de limitação de movimento e, eventualmente, atrofia muscular por desuso.
Diagnóstico
O diagnóstico da osteocondrite dissecante envolve uma avaliação clínica detalhada e exames de imagem que ajudam a determinar a gravidade e a estabilidade da lesão.
Durante a consulta, o ortopedista investigará o histórico do paciente, realizará testes clínicos e solicitará exames como:
- Radiografias: úteis para avaliar alterações ósseas;
- Ressonância magnética: ideal para detectar lesões iniciais e avaliar a viabilidade do fragmento;
- Tomografia computadorizada: em casos específicos, para detalhar a estrutura óssea.
A correta interpretação dos exames permite escolher o melhor tratamento e acompanhar a evolução da lesão ao longo do tempo.
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Tratamento
O tratamento depende da idade do paciente, do estágio da lesão e da estabilidade do fragmento. Ele pode ser conservador ou cirúrgico, sendo este último mais comum em casos avançados ou em adultos.
Tratamento conservador
Recomendado principalmente em pacientes jovens com lesões estáveis, envolve:
- Interrupção das atividades esportivas;
- Uso de muletas ou órteses para descarga do peso;
- Fisioterapia voltada para fortalecimento muscular e correção biomecânica;
- Monitoramento por ressonância.
Tratamento cirúrgico
Indicado para lesões instáveis ou que não respondem ao tratamento conservador. As técnicas mais utilizadas são:
- Microfraturas: para estimular formação de fibrocartilagem;
- Fixação do fragmento: quando ainda viável;
- Curetagem e enxerto ósseo: em lesões mais profundas;
- Transplante osteocondral (OATS) ou implante de condrócitos autólogos: em casos mais extensos ou recidivantes.
A decisão cirúrgica é feita com base na idade, gravidade da lesão e objetivos do paciente.
Prognóstico e Recuperação
Com o tratamento adequado, muitos pacientes conseguem recuperar a função do joelho e retornar às atividades esportivas. O prognóstico é melhor quando a lesão é identificada precocemente e tratada de forma correta.
Pacientes jovens geralmente têm recuperação mais rápida, especialmente quando submetidos ao tratamento conservador. Já nos casos cirúrgicos, o retorno ao esporte pode levar de 6 a 12 meses.
Complicações podem ocorrer quando há atraso no diagnóstico ou falha na adesão ao tratamento, como:
- Soltura do fragmento;
- Rigidez articular;
- Degeneração precoce da cartilagem (osteoartrite).
Prevenção
Embora não seja possível prevenir todos os casos de osteocondrite dissecante, algumas medidas podem reduzir o risco, especialmente em jovens atletas.
Manter uma rotina de treinos equilibrada, com descanso adequado e fortalecimento muscular, é essencial. Além disso, o uso de calçados apropriados e a supervisão por profissionais qualificados durante as atividades físicas ajudam a evitar sobrecargas nas articulações.
Programas de prevenção com fisioterapia esportiva e acompanhamento ortopédico são recomendados para adolescentes em fase de crescimento rápido e com histórico de dor articular.
Quando Procurar um Especialista
Dores recorrentes no joelho, inchaço após exercícios, estalos com dor ou sensação de travamento são sinais de alerta que merecem atenção.
Buscar um ortopedista especialista em joelho, como o Dr. Otávio Melo, é fundamental para um diagnóstico preciso e início imediato do tratamento. A avaliação precoce faz toda a diferença na recuperação e na preservação da função articular.
O Autor
Dr. Otávio Melo é médico ortopedista especialista em joelho na cidade de Belo Horizonte. Com uma abordagem que integra tratamentos inovadores e tecnológicos para a saúde ortopédica, atua na prevenção e tratamento de lesões.
Buscando sempre soluções menos invasivas e focadas na recuperação completa dos pacientes, sua experiência em medicina regenerativa é um diferencial para quem busca resultados duradouros.
Curriculum Resumido
Formação
- Medicina – Faculdade de Ciências Médicas – Belo Horizonte – MG
- Especialização em Cirurgia do Joelho – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- Pós Graduação – Dr. Lair Ribeiro
- Mestrado em Medicina – Santa Casa de Belo Horizonte
- Doutorado em Saúde Baseada em Evidências (Creditos) – UNIFESP
- Medicina Funcional Integrativa – Dr. Victor Sorrentino
- Clínica da Dor – Hospital das Clínicas da UFMG
- Medicina Regenerativa – UNICAMP
- Fellowship em Cirurgia do Joelho – Hôpital de La Croix Rousse – Lyon – França
- Residência em Ortopedia e Traumatologia – SBOT/MEC – Brasília-DF
- Técnico em Química – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Afiliações
- SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
- SBRATE – Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte
- SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício
- SBCJ – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- SMBTOC – Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque
- SBPML – Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e Medicina Legal
- ESSKA – European Society of Sports Traumatology, Knee Surgery and Arthroscopy
- ISAKOS – International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine
- ICRS – International Cartilage Repair Society
- AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons
- ABOOM – Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo
- ABPMR – Associação Brasileira de Pesquisa em Medicina Regenerativa
- SBRET – Sociedade Brasileirta de Regeneração Tecidual
- SBLMC – Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia
- ABUM – Associação Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética
Atuação
- CEO do Instituto Regenius
- Médico Ortopedista
- Segundo-Tenente Médico do Exército Brasileiro (R/2)
- Ex-Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Ex-Professor da Faculdade de Ciências Médias de Minas Gerais (CMMG) – Belo Horizonte / MG
- Ex-Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB)