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Entorses (grau I, II, III)
Entorses de joelho são condições traumáticas comuns que afetam pessoas de todas as idades, especialmente aquelas que praticam atividades físicas ou esportes com movimentos bruscos. Embora possam parecer simples, as entorses variam bastante em gravidade — desde um leve estiramento ligamentar até rupturas completas que exigem tratamento cirúrgico. Saber identificar os sinais e compreender os diferentes graus da lesão é essencial para buscar o cuidado adequado e evitar sequelas, como instabilidade crônica ou limitações funcionais no futuro.
Aqui você vai entender o que caracteriza uma entorse de joelho, como os graus 1, 2 e 3 se diferenciam e quais são os caminhos mais indicados para diagnóstico e tratamento.
O que é uma entorse de joelho
A entorse de joelho ocorre quando os ligamentos — estruturas que estabilizam a articulação — são forçados além do seu limite natural, resultando em estiramento ou ruptura parcial/completa. Isso normalmente acontece após um movimento súbito de torção, impacto direto na articulação ou mudança rápida de direção, como nas práticas esportivas.
Dependendo da intensidade da lesão, a entorse pode ser classificada em três graus:
Grau 1: lesão leve, com estiramento do ligamento, mas sem ruptura. A dor é moderada e o joelho mantém sua estabilidade.
Grau 2: lesão moderada, com ruptura parcial do ligamento. Pode haver inchaço, dor intensa e dificuldade para apoiar a perna.
Grau 3: lesão grave, com ruptura total do ligamento. O joelho perde a estabilidade e o tratamento muitas vezes envolve cirurgia.
Embora a entorse de joelho seja mais frequente em atletas, ela também pode ocorrer em atividades cotidianas, como subir escadas ou tropeçar em um desnível. Por isso, é fundamental estar atento aos sinais do corpo e procurar avaliação médica sempre que houver dor persistente, inchaço ou sensação de instabilidade na articulação.
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Classificação das Entorses de Joelho por Grau
As entorses de joelho são classificadas de acordo com o grau de comprometimento dos ligamentos. Entender essa classificação ajuda o paciente e o médico a definirem a melhor conduta de tratamento.
Entorse Grau 1 – Leve
Neste caso, ocorre apenas o estiramento do ligamento, sem que haja ruptura das fibras. É a forma mais branda de entorse e costuma causar:
Dor leve a moderada;
Inchaço discreto;
Pequena limitação de movimento;
Sensação de “peso” ou desconforto ao apoiar o pé.
Tratamento: normalmente conservador, baseado em repouso, gelo, uso de anti-inflamatórios e, se necessário, fisioterapia para recuperação funcional. A recuperação costuma levar de 1 a 2 semanas.
Entorse Grau 2 – Moderada
Aqui ocorre uma ruptura parcial das fibras ligamentares. É mais séria que o grau 1 e apresenta sintomas mais intensos:
Dor moderada a intensa;
Inchaço visível e possível hematoma;
Limitação de movimento;
Sensação de instabilidade leve ao caminhar.
Tratamento: pode incluir uso de joelheira ou órtese, fisioterapia mais intensiva e acompanhamento ortopédico. O retorno às atividades pode levar de 4 a 6 semanas, dependendo da resposta ao tratamento.
Entorse Grau 3 – Grave
É o grau mais severo, com ruptura completa do ligamento. Costuma ser incapacitante e exige atenção especializada imediata.
Dor intensa (às vezes desaparece após o rompimento completo);
Inchaço significativo e dificuldade para movimentar a perna;
Incapacidade de apoiar o peso corporal no membro afetado;
Sensação de “frouxidão” no joelho.
Tratamento: frequentemente cirúrgico, especialmente se houver lesão associada a outros ligamentos ou estruturas, como menisco ou cartilagem. O pós-operatório exige fisioterapia prolongada e o tempo de recuperação pode variar de 3 a 6 meses.
Diagnóstico da Entorse de Joelho
O diagnóstico preciso da entorse é essencial para definir o melhor tratamento e evitar complicações futuras, como instabilidade crônica ou lesões associadas.
Avaliação clínica:
Histórico detalhado do trauma (como aconteceu, intensidade, movimento realizado);
Exame físico com testes específicos de estabilidade ligamentar (ex: teste de Lachman, gaveta anterior/posterior, entre outros);
Observação de sinais como inchaço, hematoma, amplitude de movimento e dor à palpação.
Exames de imagem:
Raios-X: utilizados principalmente para descartar fraturas associadas.
Ressonância magnética: é o exame padrão-ouro para avaliar os ligamentos e estruturas internas do joelho com precisão.
Ultrassonografia: pode ser usada em alguns casos, mas tem menor sensibilidade para avaliar ligamentos profundos.
O ortopedista especializado, como o Dr. Otávio Melo, utiliza uma combinação de avaliação clínica minuciosa e exames de imagem para confirmar o diagnóstico e personalizar o plano de reabilitação conforme o grau da entorse e o perfil do paciente.
Tratamento da Entorse de Joelho
O tratamento para entorses de joelho varia de acordo com o grau da lesão e o perfil do paciente (nível de atividade física, idade, presença de outras condições). O objetivo principal é restaurar a estabilidade da articulação, controlar a dor e permitir a volta às atividades normais com segurança.
Medidas iniciais – Protocolo RICE
Independentemente do grau da entorse, as primeiras 48 a 72 horas são fundamentais. O protocolo RICE é amplamente utilizado:
R (Rest): repouso da articulação afetada;
I (Ice): aplicação de gelo para reduzir dor e inchaço;
C (Compression): uso de bandagens elásticas para contenção;
E (Elevation): manter o joelho elevado sempre que possível.
Tratamentos por grau
Entorse Grau 1 (leve):
Pode ser tratado apenas com o protocolo RICE e medicação anti-inflamatória;
Exercícios leves de alongamento e fortalecimento são iniciados após a fase aguda;
Retorno à atividade física geralmente em até 2 semanas.
Entorse Grau 2 (moderada):
Pode requerer uso de órtese ou joelheira para estabilização;
Fisioterapia é indicada para acelerar a recuperação e prevenir instabilidade;
O retorno ao esporte pode ocorrer após 4 a 6 semanas, com liberação médica.
Entorse Grau 3 (grave):
Na maioria dos casos, exige cirurgia para reconstrução do ligamento lesionado;
O procedimento é geralmente feito por artroscopia e pode envolver enxerto autólogo ou banco de tecidos;
A reabilitação pós-operatória é longa e envolve múltiplas fases, com foco em controle da dor, ganho de amplitude, fortalecimento muscular e propriocepção;
Tempo médio de retorno ao esporte: 4 a 6 meses.
Fisioterapia
A fisioterapia tem papel essencial no tratamento de todos os graus de entorse. Ela ajuda a:
Recuperar a amplitude de movimento;
Fortalecer músculos estabilizadores do joelho (como quadríceps e isquiotibiais);
Trabalhar equilíbrio e propriocepção (importante para prevenir recidivas);
Reintegrar o paciente de forma segura às atividades do dia a dia ou esporte.
Prevenção de Entorses no Joelho
Prevenir é sempre melhor do que tratar. Algumas medidas simples, quando adotadas no dia a dia ou na prática esportiva, podem reduzir significativamente o risco de entorses no joelho:
Fortalecimento muscular: manter músculos das pernas bem condicionados — principalmente quadríceps, glúteos e panturrilhas — ajuda a estabilizar o joelho.
Treinamento funcional e proprioceptivo: exercícios que simulam movimentos reais e trabalham equilíbrio diminuem o risco de torções.
Alongamento regular: melhora a flexibilidade e reduz sobrecargas articulares.
Aquecimento antes do exercício: ativa a musculatura e prepara o corpo para movimentos mais exigentes.
Uso de calçado adequado: especialmente em esportes com mudanças rápidas de direção, como futebol e tênis.
Cuidado com terrenos irregulares: quedas e torções acontecem com frequência ao pisar em buracos ou desníveis.
Para atletas ou pessoas com histórico de entorse, pode-se considerar o uso de órteses preventivas durante a prática esportiva, sempre com orientação médica.
Quando procurar um especialista
Nem toda dor no joelho é uma entorse, mas toda entorse merece atenção. Procurar um ortopedista especialista em joelho é fundamental sempre que houver:
Dor persistente após trauma;
Inchaço que não melhora com o tempo;
Dificuldade para dobrar ou esticar o joelho;
Sensação de instabilidade ou “falha” ao caminhar;
Estalos ou bloqueio articular;
Histórico anterior de entorses ou lesões no joelho.
O diagnóstico precoce e o tratamento adequado, com acompanhamento de um profissional experiente como o Dr. Otávio Melo, reduzem o risco de complicações e favorecem uma recuperação completa e segura.
O Autor
Dr. Otávio Melo é médico ortopedista especialista em joelho na cidade de Belo Horizonte. Com uma abordagem que integra tratamentos inovadores e tecnológicos para a saúde ortopédica, atua na prevenção e tratamento de lesões.
Buscando sempre soluções menos invasivas e focadas na recuperação completa dos pacientes, sua experiência em medicina regenerativa é um diferencial para quem busca resultados duradouros.
Curriculum Resumido
Formação
- Medicina – Faculdade de Ciências Médicas – Belo Horizonte – MG
- Especialização em Cirurgia do Joelho – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- Pós Graduação – Dr. Lair Ribeiro
- Mestrado em Medicina – Santa Casa de Belo Horizonte
- Doutorado em Saúde Baseada em Evidências (Creditos) – UNIFESP
- Medicina Funcional Integrativa – Dr. Victor Sorrentino
- Clínica da Dor – Hospital das Clínicas da UFMG
- Medicina Regenerativa – UNICAMP
- Fellowship em Cirurgia do Joelho – Hôpital de La Croix Rousse – Lyon – França
- Residência em Ortopedia e Traumatologia – SBOT/MEC – Brasília-DF
- Técnico em Química – Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais
Afiliações
- SBOT – Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia
- SBRATE – Sociedade Brasileira de Artroscopia e Traumatologia do Esporte
- SBMEE – Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e Exercício
- SBCJ – Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho
- SMBTOC – Sociedade Médica Brasileira de Tratamento por Ondas de Choque
- SBPML – Sociedade Brasileira de Perícias Médicas e Medicina Legal
- ESSKA – European Society of Sports Traumatology, Knee Surgery and Arthroscopy
- ISAKOS – International Society of Arthroscopy, Knee Surgery and Orthopaedic Sports Medicine
- ICRS – International Cartilage Repair Society
- AAOS – American Academy of Orthopaedic Surgeons
- ABOOM – Associação Brasileira Ortopédica de Osteometabolismo
- ABPMR – Associação Brasileira de Pesquisa em Medicina Regenerativa
- SBRET – Sociedade Brasileirta de Regeneração Tecidual
- SBLMC – Sociedade Brasileira de Laser em Medicina e Cirurgia
- ABUM – Associação Brasileira de Ultrassonografia Musculoesquelética
Atuação
- CEO do Instituto Regenius
- Médico Ortopedista
- Segundo-Tenente Médico do Exército Brasileiro (R/2)
- Ex-Professor da Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP)
- Ex-Professor da Faculdade de Ciências Médias de Minas Gerais (CMMG) – Belo Horizonte / MG
- Ex-Professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Brasília (UnB)